Turnê Abya Yala Sowing 2023 – Pe ataju jumali/Hot Air (Ar quente)

A Abya Yala Sowing Tour 2023 foi uma série de exibições públicas de Pe ataju jumali/Hot Air (Ar Quente) e conversas com a cineasta e artista performático Juma Pariri (colaborador do Hemispheric Encounters e ex-bolsista de pós-doutorado) no Brasil, Colômbia, Canadá e EUA. A turnê Abya Yala Sowing foi co-apresentada pelo Hemispheric Encounters e pelo Collective United Against Colonization: Many Eyes One Heart (Coletivo Unidos contra a colonização: Muitos olhos, um coração).

Pe ataju jumali/Hot Air é uma narrativa experimental, mágica e performática contada pelas criaturas da floresta do Sul Global sobre suas ativAÇÕES perforMÁGICAS que revelam a face do sistema de crédito de carbono do Norte Global que alega proteger as florestas. No filme, as criaturas da floresta revelam essa grande farsa e convidam todos para entrar em uma grande espiral cósmica na qual a justiça ambiental, o conhecimento indígena e as vidas estão centrados.

Abya Yala é o nome indígena Kuna para o continente conhecido como América. Abya Yala significa terra florescente. Nesta série de exposições no Brasil, Colômbia, EUA e Canadá, compartilharemos nossas sementes audiovisuais para semearmos juntos outros mundos possíveis, aqui e agora.

Pe ataju jumali/Hot Air foi produzido pelas semeações dos seguintes artistas: Margarita Weweli-Lukana, Juma Pariri, Frê Arvora, Gurcius Gewdner, Amaya Torres, Jules Zinn, Juan Camilo Herrera Casilimas e Juliana Pongutá Forero.

O volume 9, edição 1 da Revista Arte da Cena sobre ecoperformance ecopolítica da Cena apresenta um ensaio de Frê Arvora sobre Pe ataju jumali/Hot air (Ar quente).

Juma Pariri é artivista baseada em Abya Yala que busca ouvir e aprender com as (r)existências da floresta. Ela move-se no atrito entre as artes do corpo, a pedagogia indisciplinada e a luta indígena pela justiça ambiental. Entre outros, eles ativam a plataforma de performance AGITPORN! – não à desigualdade, pela descolonização social! Para aprender (e criar) com os ancestrais indígenas sobre processos anti monoculturais em torno de sexualidades, alimentos, colheitas, “canibalismo”, menstruação e rituais. Seu projeto de pesquisa atual chama-se ativAÇÕES perforMÁGICAS (in)díg(e)nas contra a farsa da representação colonial. Ela também faz a curadoria de eventos que unem artes e culturas indígenas, como o: MIACAY – Mostra Indígena de Artes Cênicas em Abya Yala: dance o impossível para mover mundos.

Arvora diz: “A partir das questões e imagens trazidas por Pe ataju jumali/Hot Air, o texto procura refletir sobre a condição de um mundo colonizado e modernizado, moldado de acordo com a monocultura financeira e industrial do Norte Global e sua condição urbana, que sufoca a Terra para se reproduzir, diante da atual crise ambiental como consequência direta de seu modelo de progresso civilizatório”.

O artigo, “Palavras-Semente Para Plantar o ar que nos Falta: Notas sobre Pe Ataju Jumali/Hot Air (Ar Quente)” (“Palavras-Semente para Plantar o ar que nos Falta: Notas sobre Pe Ataju Jumali / HotAir“) está disponível on-line em português e inglês.