FREEFORM TO TRANSFORM – Poéticas do Ativismo Feminista

A pesquisa-criação, transfronteiriça, da artista visual brasileira Marion Velasco, pelo HEN_Hemispheric Encounters, investigou os desafios e os obstáculos que afetam a vida das mulheres, cotidianamente, na América Latina (sul do Brasil e Chile) e, se desenvolveu a partir de Porto Alegre, Brasil, com duas viagens de curta duração ao Chile e aos Estados Unidos, entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2023.

A invisibilidade das mulheres-artistas, os medos, os abusos e o descrédito que as mulheres sofrem são as questões tratadas nos trabalhos produzidos, transformadas em poesia e apresentadas com voz (recitação) e outros sons (eletrônico, elétrico, acústico) nas performances sônicas e nas peças sonoras da Banda de Garotas Instantâneas (BR), da qual a artista faz parte e, na colaboração artística com outras artistas do Brasil e do Chile.

Ao reunir e performar esse repertório de matéria sensível, advindo de vivências pessoais e de outras mulheres, a pesquisa pretende acrescentar novas camadas, esclarecer e avançar nas questões das lutas feministas.

FREEFORM TO TRANSFORM – Poéticas do Ativismo Feminista: contextos, documentos e processos de criação da pesquisa

Processo de criação da pesquisa_ parte 1

Comecei coletando, reunindo e classificando os ARQUIVOS das performances e ações da Banda de Garotas Instantâneas, realizadas entre setembro de 2017 e dezembro de 2021, para organizar o livro de artistas-eletrônico Banda de Garotas Instantâneas: Nossa luta é diária_performances sônicas e ativismo feminista. Com isso, identifiquei que, neste período, fizemos sete performances ao vivo, quatro ações online e produzimos dois vídeos.

A atual formação da Banda de Garotas Instantâneas tem as artistas visuais Alice Porto na poesia e voz, Andressa Cantergiani nos teclados e sintetizador e eu, Marion Velasco nas bases eletrônicas e voz. Desde 2020, a VJ Carol Grimm é responsável pela projeção de imagens ao vivo e pela edição dos vídeos da banda. Outras artistas integraram a banda, como a guitarrista Mariana Kircher (2017 a 2020) e Luiza Castro que colaborou com a banda, como fotógrafa e também, com poesia e voz (2017).

Desde 2017, a banda usou 3 nomes, o que dificultou a localização e a compreensão do trabalho. Os documentos se encontravam dispersos nas redes sociais e em outros lugares da Internet. Também haviam documentos inéditos, como uma entrevista com a banda, gravada em áudio em 2018, que foi transcrita para texto, especialmente para o livro.

Os vídeos com áudios ruins, mas boas imagens, viraram capturas de tela e uma peça sonora criada ao vivo, em outubro de 2020, foi gravada no final de 2021 e mixada | masterizada em 2022, no Estúdio de som CADELA RECORDS, em Porto Alegre, especialmente, para esta pesquisa.

Trata-se da peça sonora intitulada M.D.F.D.P. (Marcel Duchamp Filho da Puta) que tem o seu processo de criação e temática descritos no livro.

A letra questiona uma situação da História da Arte, que funda a arte contemporânea: a polêmica autoria da obra A FONTE (urinol) por Marcel Duchamp (1917), assume que a autoria dessa obra é da Baronesa Elsa von Freytag Loringhoven e, metaforicamente, propõe a morte da onipresença e onipotência de Marcel Duchamp na História da Arte. Desse modo, o livro também dá visibilidade às pautas no campo das Artes e da sua História, marcada pela invisibilidade das mulheres.

O pré-lançamento da peça sonora M.D.F.D.P. aconteceu na palestra que ministrei, a convite das professoras Elaine Tedesco e Paola Zordan, no Seminário Especial Performance e seus Registros: entre o ativismo e a encenação, oferecido em concomitância pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais e Programa de Pós-Graduação em Educação, no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, em 22 de setembro de 2022.

E o lançamento da peça sonora M.D.F.D.P se deu na conversa realizada por LIVE, junto com a artista e letrista da Banda de Garotas Instantâneas, Alice Porto (presencial), para apresentação dos arquivos de vídeo da banda, na disciplina Cinema e Vídeo II, da professora Ana Maio, no ILA-Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal de Rio Grande, Rio Grande, Brasil, em 29 de setembro de 2022.

M.D.F.D.P, também, foi selecionada em chamada pública internacional para compor a Playlist 24H de #BAILE do Centro de Arte Sonoro de Buenos Aires, Argentina, em 20 de março de 2023.

A Banda de Garotas Instantâneas é um agrupamento colaborativo, multigeracional de artistas visuais mulheres, residentes em Porto Alegre e Pelotas, Brasil. Sua prática artística se deu | se dá (a periodicidade das ações sempre foi irregular e não decretamos um fim) com performances sônicas ao vivo, orientadas para o vídeo e áudio e diversas ações online. As composições são pluriautorais, experimentais, com adição de ruído, música eletrônica, punk rock e poesia com abordagem político-feminista, transformada em líricos destemidos e provocantes para recitação. As páginas tem hiperlinks que permitem o redirecionamento dos leitores a documentos audiovisuais complementares.

O livro (de artistas) eletrônico Banda de Garotas Instantâneas: Nossa luta é diária_performances sônicas e ativismo feminista foi organizado por mim, a partir dos arquivos das performances sônicas ao vivo e de outras ações da Banda de Garotas Instantâneas, realizadas entre 2017 e 2021, além de artigos inéditos das autoras.

A publicação tem um formato híbrido de (fan)zine-livro, de fotolivro com imagens e documentos das sete performances e quatro ações online e, um songbook com os líricos em português e inglês e as partituras das bases eletrônicas, teclados e guitarra.

Ao longo das páginas, diversos hiperlinks permitem o redirecionamento dos leitores a documentos audiovisuais complementares, como peças sonoras, vídeoperformances, flyers, cartazes dos eventos e outros documentos em sites, plataformas de som-e-vídeo e nas redes sociais.

A fonte usada no título e a foto da capa do livro foram criadas por mim, numa ação de escrita (pixo, pichação) na fachada da lendária (e em funcionamento) ZIL vídeos, loja-locadora de DVDs de filmes pornô, em Porto Alegre.

 

A publicação contém o trabalho de muita gente. Estiveram envolvidas, diretamente, mais de dez pessoas, na sua maioria, mulheres. O trabalho envolveu três designers: Carmen Fonseca, Lilian Becker e Cauan Ferreira e a revisora Simone Paixão.

Indiretamente, aparecem outros vinte e quatro nomes de artistes, fotógrafas, professoras, produtores de som, curadores e instituições que apoiaram o trabalho da Banda de Garotas Instantâneas.

Além das postagens do público presente nas ações, de seguidores e de haters nas redes sociais, em geral, homens incomodados com o ativismo e os líricos explícitos.

Os artigos inéditos escritos pelas autoras são:

1- apresentação da banda e reflexão sobre as questões feministas em F. para Inflamadas, gentilmente, escrita pela artista gaúcha e pesquisadora em arte Cristina Ribas;

2- reflexões das integrantes da banda sobre os seis anos de existência desta proposição performativa, seus percursos pela arte e apresentação de posicionamentos sobre os feminismos, entre outras conexões em:

Processos de criação de textos para letras da Banda de Garotas Instantâneas / Instant Band Grrrls / IBG (2017-2022) de Alice Porto; Elas Estilhaçadas – Elas – Banda de Garotas Instantâneas de Andressa Cantergiani ; Reconfigurações ligeiras para durar na instigação_ou da instantaneidade das bandas à Banda de Garotas Instantâneas, o meu texto, que descreve o começo da banda, relembra as dificuldades encontradas na realização das performances e apresenta o processo de criação das bases eletrônicas. E outros dois depoimentos sobre o trabalho de Carol Grimm e de Mariana Kircher.

 

É importante lembrar que, entre 2017 e 2021, quando todas as integrantes da banda moravam em Porto Alegre, estivemos ativas, juntas e em sintonia com as vozes das mulheres nas Américas e os movimentos feministas em diversos cantos do mundo como indicam as hastags:

#elenão ; #metoo ; #niunaamenos ; #úterolaico ; #marchadasvadias ; #marchadasmulheres ; #timesUp ; #mariellepresente

Neste momento, em que as integrantes moram em cidades diversas e se dedicam a outros projetos, a Banda de Garotas Instantâneas segue como uma plataforma aberta (em estado de espera) para a expressão e afirmação feminista. E esta publicação é um desdobramento que ativa tudo o que foi realizado até aqui.

Processo de criação da pesquisa_ parte 2 e a difusão da peça sonora

NO NOS CREEN (2023)

A etapa da pesquisa-criação que se conecta com o cluster Oralidades começou com uma viagem à cidade de Santiago do Chile.

A intenção desta visita técnica era ampliar a discussão sobre poesia feminista, performance e som. Neste momento, eu buscava pontos de contato com os movimentos ativistas em outros lugares Sul-Americanos, para responder às perguntas feitas pela pesquisa-criação Freeform to Transform – poéticas do ativismo feminista:

  • Há correspondências nas opressões, situações de abuso, violências, machismo e dominação patriarcal vivenciadas pelas mulheres sul-americanas no seu cotidiano?
  • Conectar, agregar, escutar, dar voz a outres mulheres de geolocalizações e culturas diversas contribui para a construção de um repertório de material sensível (por relatos, sobre acontecimentos, notícias, sentimentos, denúncias) e a criação de poesia e performance?
  • Como performar o material advindo destas vivências que esclareça, transforme e avance com as questões das lutas feministas?

Ao chegar em Santiago, entre ´ventos´ naturais e simbólicos, de um novo governo de esquerda, me deparei com muitas marcas deixadas pelos protestos do Estalido Social de 2019 e, também, algumas manifestações da oposição.

Os últimos acontecimentos estavam expressos na linguagem das ruas. Bastou caminhar pela cidade para encontrar muitas respostas para as minhas perguntas.

As ´vozes´ feministas (mas não só) gritavam, estavam riscadas nos grafites, nas intervenções e nas camadas de cartazes colados nos muros e fachadas dos prédios. As paredes eram textos escritos à mão e por stickers, se deixavam ler, falavam, gritavam, denunciavam a intolerância, a violência, o machismo, os abusos das instituições, o medo de andar nas ruas.

Exposições, como a Palimpsesto. Muros del Estallido no GAM-Centro Cultural Gabriela Mistral relembravam através do audiovisual, de fotografias e entrevistas, a revolta social. As livrarias e feiras expunham um variado número de publicações de autoras mulheres sobre os movimentos populares, a política e os feminismos.

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No primeiro dia na cidade, comprei o livro de Paula Arrieta Gutierrez: Si Muere Duchamp, que havia tentado comprar no Brasil, via site da editora, mas sem sucesso.

A curiosidade com este livro começou pelo título, uma provocação à onipresença de Marcel Duchamp na Arte Contemporânea. Isso vinha ao encontro do assunto da peça sonora M.D.F.D.P. que as Garotas Instantâneas haviam gravado e, em Porto Alegre, haviam provocado algum mal estar.

Ao ler o livro, para além de Duchamp, encontrei outras correspondências. Em determinado momento do livro, Arrieta apresentou um caso recente de violência contra uma jovem mulher, ocorrido no Chile.

Para mim, foi outro dejavu, pela semelhança com o que havia ocorrido com Mariana Ferrer, no Brasil. Eram dois casos de estupro contra mulheres, que aconteceram em casas noturnas, mais ou menos, no mesmo período e que tiveram audiências judiciais abusivas, realizadas por Zoom, durante a pandemia.

Entendi que, mudam-se os nomes, as cidades, os países, mas os destinos das mulheres são, igualmente, tristes. O caso chileno resultou numa tragédia.

Como o livro de Paula Arrieta respondia a outras questões, entrei em contato por email, com a autora, sugerindo um encontro para conversarmos sobre o livro, a minha pesquisa e estas convergências.

Convite aceito, o café com Paula aconteceu na manhã de 18 de outubro de 2022_um emblemático dia do 3º aniversário do Estallido Social. Haviam fortes recomendações do governo para que as pessoas ficassem em casa, na parte da tarde, para evitar as manifestações que deveriam acontecer pela cidade e, possíveis confrontos com a polícia.

No encontro com Paula, falamos da vida e política nos nossos países, da educação universitária e de nossas pesquisas em arte, dos feminismos e, claro, de Duchamp.

A concepção e a construção de uma peça sonora em colaboração, se deu alguns meses depois, quando eu já estava no Brasil. Assim, o processo de criação com Paula Arrieta, aconteceu remotamente. Paula recitou (palavra falada em espanhol) e gravou desde o Chile, o trecho do seu livro que descrevia e refletia sobre o caso de Antonia Barra.

O meu processo de criação começou com uma seleção de frases de reportagens, publicadas na Internet, sobre o caso Mariana Ferrer, que foram misturadas a questionamentos escritos por Paula, devidamente traduzidos para o português. Também compus uma base eletrônica de atmosfera sombria, com o controlador de som Novation Lauchpad App para iPAD, que ainda funcionou como um equalizador dos nossos tempos na recitação (velocidades das linguagens). A peça sonora contou, também, com a colaboração da percussionista acústica gaúcha Leciane Rodrigues Ferreira, que tocou tambor-surdo. Esses sons marcam o início e o final da peça sonora.

As gravações do tambor-surdo e da minha voz (recitação) aconteceram entre janeiro de fevereiro de 2023, no Estúdio de som CADELA RECORDS. A edição sonora foi feita por mim e pelo produtor musical Nando Barth, que também assinou a mixagem e a masterização de NO NOS CREEN, realizadas no seu estúdio de som CADELA RECORDS, em Porto Alegre, Brasil.

 

A peça sonora NO NOS CREEN (NÃO ACREDITAM EM NÓS) (2023) foi criada em colaboração com Paula Arrieta Gutiérrez (Chile) e Leciane Rodrigues Ferreira (Brasil).

O lírico é uma mistura de textos de Paula e Marion que justapõem, entrelaçam e apresentam as histórias semelhantes de violência contra duas mulheres, Antonia Barra e Mariana Ferrer ocorridas, respectivamente, no Chile e no Brasil e trata dos seus desdobramentos na Justiça e na vida diária, recitados a duas vozes sobre sons eletrônicos e acústicos.

  • Sobre as artistas colaboradoras: Paula Arrieta é artista visual e professora da Universidad de Chile. Autora dos livros “Si muere Duchamp” (2021) e “Mirar hasta el final” (2023), pela Tiempo Robado editoras. Leciane Ferreira é assistente social e especialista em ética, educação e direitos humanos. Atua em instituição de apoio a mulheres que sofreram abusos e violência doméstica. Integra a ONG Ilê Mulher_ Associação Cultural, instituição de caridade feminista. É percussionista e integra As Batucas_Orquestra Feminina de Bateria e Percussão e o Bloco da Lage (Porto Alegre, Brasil).

 

NO NOS CREEN (Não crêem em nós) se junta às manifestações, denúncias e discussões sobre abusos e violência contra as mulheres. E à luta contra o feminicídio cujos índices, em todo Brasil, são altíssimos e seguem aumentando.

Sobre o caso Mariana Ferrer: É importante registrar que, no Brasil, a partir do caso de Mariana Ferrer, em 22 de novembro de 2021, foi aprovada a proposta da ex-Deputada Federal Tereza Nelma e, entrou em vigor a LEI 14.245_Lei Mariana Ferrer, que protege vítimas de crimes sexuais e pune advogados, promotores e juízes que deixarem de cumprir as suas funções, durante os julgamentos, em especial, nos casos de violência sexual, produzindo atos contra a dignidade da vítima.

O encerramento da pesquisa-criação Freeform to Transform – poéticas do ativismo feminista se deu com a apresentação dos documentos da pesquisa, na conversa com as colaboradoras e a supervisora do trabalho, com a audição da peça sonora NO NOS CREEN e o lançamento do livro de artistas-eletrônico Banda de Garotas Instantâneas: Nossa luta é diária_performances sônicas e ativismo feminista no THE COOP: A HEN HANGOUT, no dia 30-08-2023.

A Live por Zoom, promovida e produzida pelo HEN_Encontros Hemisféricos Network, foi transfronteiriça e reuniu Paula Arrieta Gutierrez, desde Santiago do Chile, Alice Porto (letrista e voz da Banda de Garotas Instantâneas), desde a cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil e eu falei desde Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Fomos mediadas pela supervisora Maria José Contreras, que reside em Nova York, EUA e todas as falas foram traduzidas para português, espanhol e inglês, pela equipe do HEN, a partir de Toronto, Canadá.

No final de 2023, NO NOS CREEN foi selecionada em chamada pública internacional para transmissão no Festival Radiofônico Monteaudio23.concepción, da Universidad de Montevideo, Uruguay, entre 21 de dezembro de 2022 a 21 de janeiro de 2023. Programação completa em: www.formaysonido.org ; https://radiomonteaudio.org @radiomonteaudio (Instagram).

De 08 de março a 08 de maio de 2024, a peça sonora foi instalada na Exposição BÚFALA: Agenciamentos de Corpas Insubmissas. Curadoria de Izis de Abreu e Rosane Vargas, na Casa dos Rosa, centro de Canoas, RS, Brasil.

As duas peças sonoras NO NOS CREEN e M.D.F.D.P. da Banda de Garotas Instantâneas, produzidas durante este pós-doutorado, foram transmitidas nas jornadas quinzenais de estreias, conversações, anúncios e performances do programa radial de largo formato RUÍDO Y SEÑAL da Radio Tsonami, Valparaíso, Chile, ao longo do mês de abril de 2024. As peças sonoras integraram o projeto MAISONM_Especial Bandas de Artistes Visuais do Brasil, de Marion Velasco, selecionado na Convocatória Radial 2023 da https://radiotsonami.org/ @radiotsonami (Instagram)

Arranhando paredes com a TAG VULVA nas cidades

Durante a pesquisa, além da publicação e das peças sonoras, desenvolvi a TAG VULVA erealizei Ações (ativistas) em aberto nas cidades.

As caminhadas se deram em diversos bairros das cidades de New York, EUA (março-abril de 2022), Santiago e Valparaíso, Chile (outubro de 2022) e em Porto Alegre, Brasil (fevereiro de 2023), onde escrevi, pixei, assinei, deixei minha marca VULVA no espaço público, usando uma caneta Posca PC-5M na cor vermelho metálico.

Outras Ações em Aberto nas cidades

Percursos pelas cidades, fotos, micro-vídeos, visitas técnicas em galerias, museus e espaços alternativos de arte

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New York, EUA

Santiago, Valparaíso, Chile

 

Por tudo isso, sou muito grata ao Encontros Hemisféricos pelo interesse no meu trabalho, pelo suporte de Laura Levin e Tracy Tidgwell da Universidade de York, pelo acolhimento do projeto por Maria José Contreras, pelo fomento do Conselho de Pesquisa em Ciências Sociais e Humanas (SSHRC) do Canadá. Também agradeço o incentivo do co-investigador do Instituto Hemisférico Marcial Godoy e do co-investigador da UFRJ/Brasil, professor Sergio Andrade e ao apoio impecável de toda equipe de colaboradores HEN: Denise, Hurmat, Daniella, Tatiane, Philip (design), todas e todes tradutores que mediaram as nossas diversas conversas e lives via Zoom.

Fotos | Pedro Matsuo. Porto Alegre, 2016

Sobre a Artista

Marion Velasco – Porto Alegre, Brasil https://linktr.ee/marionvelasco

marionvelozk@gmail.com

Artista transdisciplinar, pesquisadora das manifestações sonoras nas Artes Visuais. Suas performances sônicas têm o protagonismo do som, da voz, da poesia e dos processos de criação colaborativos, experimentais, provocados pelas micropolíticas cotidianas. Concebeu performances no formato-conceito Instant Bands e, no momento, investiga as BANDAS DE ARTISTAS (visuais) brasileiras.

Tem Pós-doutorado pelo HEN-YORKU, Toronto, Canadá (2022), Doutorado em Poéticas Visuais pelo PPGAV-IA-UFRGS, Brasil (2017), Estágio doutoral em Arte Sonora e Performance pela UPV, Valencia, Espanha (2015). É Especialista em Performance pelo CNPq-UFRGS (1990).

Participou de exposições coletivas e individuais no Brasil, Espanha, Alemanha, Canadá, Argentina, Uruguay, Chile e tem obras de performance na coleção do MACRS-Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul e fotografias no MUCHRS-Museu da Cultura HIPHOP RS, Porto Alegre, Brasil. Recebeu os prêmios: Intercâmbio MINC/BR 2013 (Lisboa/PT); Edital LABPOA 2020_Artes Plásticas; Destaque Artista Trajetória e Destaque Publicações Online:Estúdio 88-documentação de videoperformances no XIV Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, 2021.

Organizou a publicação eletrônica Banda de Garotas Instantâneas: nossa luta é diária_performances sônicas e ativismo feminista (2023).

Foi responsável pela voz e líricos da banda de indierock The Plastic Dream (1990-91), do duo eletrônico Adventure (1992-96) e pela concepção e bases eletrônicas da IBG_Banda de Garotas Instantâneas (2017-22), entre outras participações em bandas e projetos sonoros.